De facto, foi antes a doutrina da Igreja Católica e a do socialismo democrático, que se guiaram, convergentes no consequencialismo, pela igualização das condições que asseguram o direito de todos os homens à felicidade. O conceito da obrigatoriedade de enumerar tais direitos na Constituição ou Declarações generalizou-se.

O neoliberalismo que se guia pela destruição-construtiva encontrou na crise brutal deste século sem bússola um conceito mais simples: não há dinheiro. Isso não dispensa de haver princípios.

… A esta solução, que é de desespero, talvez seja útil lembrar que chegámos à Índia sem bússola.

Memórias do Outono Ocidental – Um Século sem Bússola, Adriano Moreira, 2013, Almedina.

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