Quando Henrique H. lhe dá a conhecer a sua traição, a paixão de Constança transfigura-se. Em tempos que se desdobram e sobrepõem, chegam-lhe do passado as queixas de uma trisavó sobre o marido todo-poderoso, ao passo que da infância revive com nitidez os momentos mais dolorosos: o abandono pela mãe, sua primeira paixão, quase seguido da trágica morte da avó, fonte única de afecto e segurança. Continue reading “A Paixão Segundo Contança H. | Maria Teresa Horta”
O novo livro de Maria Teresa Horta, Poesis, é uma reflexão sobre a poesia e, também, um retrato poético sobre a vida da própria autora enquanto poetisa, com vários poemas alusivos ao seu percurso pessoal, abordando as dificuldades e as perseguições de que foi alvo enquanto mulher e autora de poesia erótica.
Nota de Imprensa D. Quixote.
Apresentação da nova edição do romance EMA, de Maria Teresa Horta, quinta-feira, 16, às 18h30, na Livraria Leya na Buchholz.
A mulher vagueia no universo repressivo da casa. Poderia ser a mesma onde a avó fora morta pelo avô, ou de onde a mãe saíra, louca, para o hospital psiquiátrico. Ema é o nome de todas elas. Como o da antepassada tomada pelo terror após ter parido uma menina, sem dar ao homem com quem casara um filho varão. Continue reading “Ema – Maria Teresa Horta”
Uma Dor Tão Desigual, (coletivo)
Este livro resulta de um desafio feito a oito autores portugueses para que explorassem as fronteiras múltiplas e ténues que definem a saúde psicológica e o que dela nos afasta.
Em estilos muito diferentes, um leque extraordinário de escritores brinda-nos Continue reading “Uma Dor Tão Desigual”
As Palavras do Corpo by Maria Teresa Horta
O lado interdito e incómodo do nosso corpo liberta-se pela palavra. Maria Teresa Horta resgata-o num banquete de partilha onde o amor assume o seu lado carnal. As palavras são esse corpo desvendado sem falsos pudores. Onde o poema se despe e se deita ao nosso lado. Poesia maior e de maioridade que resgata para todo o sempre a mulher (poeta) de qualquer laivo de menoridade; morreram as poetizas, nasceu a poesia completa, com o seu lado homem e o seu lado mulher.
FAZER AMOR COM A POESIA
Deito-me com as palavras
beijo a boca dos poemas
quando a razão desvaria
Manipulo a linguagem
tomo a nudez dos meus versos
faço amor com a poesia
Pedi a três escritoras que partilhassem comigo uma frase, um pensamento de enlevo e dessacralizado. Um “desagravo” para citar a própria Maria Teresa Horta, que no dia do lançamento, se referiu ao seu livro como “uma desobediência erótica que acende no corpo uma fogueira de luz.”