1640 é um marco fundamental na História de Portugal, o da Restauração da Independência, após 60 anos de domínio espanhol, quando os portugueses se revoltaram e elegeram um rei natural, D. João IV. O romance surge na sequência do D. Sebastião e o Vidente, depois do trágico fim da monarquia de Avis e anexação de Portugal pela Espanha.

 

A acção decorre entre 1617 e 1667, período riquíssimo em factos, dramas e personagens, que lutam pela sua libertação e sobrevivência, face a uma crise social, económica e política, imposta por Filipe IV/Olivares, coadjuvados por Diogo Soares e Miguel de Vasconcelos, um triunvirato que só terá paralelo na troika de 2011. Quatro guias singulares conduzem o leitor nesta viagem ao passado, através dos seus dramas pessoais e colectivos: o poeta proscrito Brás Garcia Mascarenhas, autor da epopeia Viriato Trágico; a professa Violante do Céu, a Décima Musa da poesia barroca, enclausurada no convento; D. Francisco Manuel de Melo, o maior prosador ibérico do século XVII, prisioneiro na torre; e o Padre António Vieira, o mais brilhante pregador do seu tempo, a contas com a Inquisição.

Nota de Imprensa da Casa das Letras.